#Farol de Notícias (Atualidades científicas que foram destaque na semana)
O Prêmio Nobel é anualmente concedido à pessoas que deram grandes contribuições para humanidade. A distribuição deste prêmio começou quando o químico, engenheiro, inventor, empresário e filantropo sueco, Alfred Nobel, morreu em 1896. Em seu testamento ele declarava que sua fortuna deveria ser usada para recompensar “aqueles que, durante o ano anterior, tivessem conferido o maior benefício à humanidade”.
O prêmio Nobel recompensaria esforços excepcionais nas áreas em que ele mais se envolveu durante sua vida: física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz. Assim, nasceu a premiação mais aguardada e memorável da academia. Os primeiros Prêmios Nobel foram concedidos em 1901 e, em 1969, um novo prêmio foi estabelecido – o Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel. Sua adição foi uma exceção, para celebrar o tricentenário do banco central da Suécia.
O Prêmio Nobel pode ser compartilhado por 3 indivíduos de cada uma das 6 áreas e, ainda em seu testamento, Alfred Nobel designou que as instutuições que concederiam os prêmios seriam: a Real Academia Sueca de Ciências para o Prêmio Nobel de Física e Química, o Instituto Karolinska para o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina, a Academia Sueca para o Prêmio Nobel de Literatura e um Comitê de cinco pessoas a serem eleitas pelo Parlamento Norueguês (Storting) para o Prêmio Nobel da Paz.
Os laureados com o prêmio ganham uma medalha de ouro, um diploma e uma premiação financeira. A premiação financeira vem também do testamento de Alfred Nobel, onde ele estipulou que a maior parte de seu patrimônio, deveria ser convertida em um fundo e investida em “títulos seguros”, sendo a renda dos investimentos o prêmio que é anualmente distribuído.
Prêmio Nobel em fisiologia ou medicina
Victor Ambros e Gary Ruvkun descobriram o microRNA, uma nova classe de pequenas moléculas de RNA que desempenham um papel crucial na regulação genética. Sua descoberta inovadora em C. elegans (uma minhoca) revelou um princípio completamente novo de regulação genética. Isso acabou sendo essencial para organismos multicelulares, incluindo humanos. Os microRNAs estão se mostrando fundamentalmente importantes para o desenvolvimento e funcionamento dos organismos.
Prêmio Nobel em física
O aprendizado de máquina tem sido importante para a pesquisa há muito tempo, incluindo a classificação e análise de grandes quantidades de dados. John Hopfield e Geoffrey Hinton usaram ferramentas da física para construir métodos que ajudaram a estabelecer a base para o poderoso aprendizado de máquina de hoje. O aprendizado de máquina baseado em redes neurais artificiais está atualmente revolucionando a ciência, a engenharia e a vida diária.
Prêmio Nobel em química
O Prêmio Nobel de Química de 2024 é sobre proteínas, as engenhosas ferramentas químicas da vida. David Baker teve sucesso com o feito quase impossível de construir tipos inteiramente novos de proteínas. Demis Hassabis e John Jumper desenvolveram um modelo de IA para resolver um problema de 50 anos: prever estruturas complexas de proteínas. Essas descobertas têm um potencial enorme.
Prêmio Nobel em literatura
Em sua obra, Han Kang confronta traumas históricos e conjuntos invisíveis de regras e, em cada uma de suas obras, expõe a fragilidade da vida humana. Ela tem uma consciência única das conexões entre corpo e alma, os vivos e os mortos, e em seu estilo poético e experimental se tornou uma inovadora na prosa contemporânea.
Prêmio Nobel da paz
O movimento popular de sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki, também conhecido como Hibakusha, está recebendo o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar por meio de depoimentos de testemunhas que armas nucleares nunca devem ser usadas novamente. Os esforços extraordinários de Nihon Hidankyo e outros representantes do Hibakusha contribuíram muito para o estabelecimento de um tabu nuclear.
Colaboração: Iasmin Cartaxo Taveira sobre a autora
Iasmin Taveira queria ser cientista desde criança e acredita que tornar o conhecimento acessível é o melhor jeito de promover desenvolvimento social. É Biotecnologista pela UFPB, mestre e doutoranda em bioquímica na FMRP/USP.
Referências:
Matéria no site Nobel Prize, intitulada “All Nobel Prizes 2024”, publicada em 06-11/10/2024. https://www.nobelprize.org/all-nobel-prizes-2024/