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As vacinas oferecem riscos?

As dúvidas mais recorrentes sobre os riscos da vacinação

Destaques:
– Vacinação é um procedimento eficaz no combate a doenças como sarampo e poliomielite;
– Alérgicos a ovos devem procurar um médico antes de tomar vacina para febre amarela;
– Reações como febre são esperadas depois da vacinação;
– Ainda assim, são importantes ferramentas para a saúde populacional e individual.

#UPVacinas
#UniãoPróVacina

 

Dizemos que uma vacina é eficaz quando ela é capaz de gerar uma proteção de longa duração nas pessoas e, ao mesmo tempo, ela é segura e barata. Exatamente: um dos requisitos para que as vacinas sejam eficazes é que elas sejam seguras.

Segurança é o requisito mais importante no desenvolvimento das vacinas. Já que precisamos administrar uma vacina em número enorme de pessoas, é essencial que ela não provoque reações graves, nem cause a doença que estamos tentando prevenir. Qualquer nível de toxicidade, mesmo que baixo, é inaceitável. Ainda assim, é natural que tenhamos dúvidas sobre um tratamento médico, e com as vacinas não é diferente. Portanto, nesse texto, vamos responder algumas dúvidas que recebemos sobre riscos que as vacinas podem oferecer.

 

Quem tem alergia a ovos deve evitar quais vacinas?

Atualmente, apenas a vacina de febre amarela é contraindicada para quem tem alergia a ovos. Isso acontece porque algumas vacinas contra vírus são feitas em ovos. Essas vacinas são:

1) Febre amarela;

2) Vacina da gripe (influenza);

3) Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

Hoje, os processos de produção das vacinas da gripe e da tríplice viral já foram otimizados, de modo que nelas há poucos componentes de ovos que poderiam desencadear uma reação alérgica. No entanto, a vacina da febre amarela ainda tem mais traços de ovos, por isso é contraindicada para quem possui alergia a esse alimento. Caso você tenha alergia a ovos e precise se vacinar contra a febre amarela, é preciso conversar com um médico antes.

 

Quais as chances de pegar a doença pela vacina?

A maioria das vacinas que tomamos contém o vírus ou a bactéria inativados – mortos, alterados, ou em forma de partículas. Portanto, não é possível que fiquemos doentes por causa dessas vacinas, já que os patógenos nessa condição não conseguem infectar nossas células.

Outros tipos de vacinas que contêm vírus e bactérias atenuados, ou seja, patógenos que tiveram sua capacidade de causar a doença reduzida, apresentam um risco mínimo de causar a doença no paciente. Esse risco é muito pequeno, já que os microrganismos atenuados não conseguem se replicar muito bem dentro das células humanas. Porém, essas vacinas oferecem riscos para pessoas imunossuprimidas, como pessoas com AIDS ou que estão sob tratamento contra câncer. Nesses casos, o médico deve ser consultado antes da vacinação.

Ainda assim, é normal que tenhamos algum desconforto após a vacinação, mas isso é consequência da resposta que o nosso corpo está iniciando contra ela. Uma leve sensibilidade na região da injeção e uma leve febre são consequências normais da vacinação.

 

Não é perigoso vacinar bebês?

Vacinar um bebê é a melhor coisa que podemos fazer para protegê-lo de doenças. Durante a amamentação, o bebê até recebe anticorpos protetores da mãe, mas essa proteção é temporária e insuficiente para protegê-lo de certas doenças. Durante seu crescimento, o bebê desenvolverá seu próprio repertório de defesas do corpo, e as vacinas dadas aos bebês estão alinhadas com a capacidade de seus corpos desenvolverem tais defesas necessárias. Estudos mostraram, inclusive, que os bebês têm a capacidade de receber várias vacinas de uma vez só. Além disso, bebês e crianças são suscetíveis a muitas doenças que podem levar à hospitalização, sequelas permanentes ou à morte, como sarampo, poliomielite (paralisia infantil), tuberculose, para citar alguns exemplos, tornando a vacinação um tratamento indispensável no combate contra a mortalidade infantil.

 

Ainda tem dúvidas? Escreva para a gente e não deixe de conversar com seu médico!

Especial “UP Vacinas”: Mariana Gonçalves sobre a autora

Fontes consultadas:

Livro “Immunization Safety Review: Multiple Immunizations and Immune Dysfunction”, de autoria do Institute of Medicine (US) Immunization Safety Review Committee, editado por Stratton, K.; Wilson, C.; Mccormick, M., publicado pela editora National Academies Press em 2002. 

Livro “Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais”, de autoria do MINISTÉRIO DA SAÚDE, publicado em 2019. 5a ed. 

Livro “Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação” de autoria do MINISTÉRIO DA SAÚDE, publicado em 2014.

Livro “Janeway’s Immunobiology”, de autoria de Murphy, K.; Weaver, C., publicado pela editora Garland Science em 2017. 9a ed.

Livro “Imunização: Tudo o que você sempre quis saber”, organizado por Ballalai, I.; Bravo, F. , publicado pela editora RMCOM 2017. 3a ed. 

Matéria no site “The history of vacines”, intitulada “Top 20 Questions about Vaccination”, publicada em 25/01/2018. (website)

 

Conheça o projeto do qual o Ilha do Conhecimento é parceiro
(website ou Facebook)

 

(Editoração: Beatriz Spinelli, Priscila Rothier, Fernando Mecca e Caio Oliveira)

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